OS PAÍSES EMERGENTES

OS PAÍSES EMERGENTES


PAÍSES RECENTEMENTE INDUSTRIALIZADOS
 Resumo: Estaremos agora estudando os países que começaram a se industrializar há pouco tempo, e que até hoje são países em desenvolvimento. Alguns apresentam muitas dificuldades, e podem levar muitas décadas para se industrializarem completamente.
Os países que se industrializaram recentemente são formados por um grupo bem diversificado. Os países que entregam esse grupo são: Brasil, Argentina, México, Coréia do Sul, Cingapura, Hong Kong, África do Sul e Índia, esses são os maiores.
 É natural, portanto a diferencia cultural, o processo de industrialização, nível econômico, tecnológico e realidade social. Esse países, porém, poderiam ser divididos em dois grupos.
Um que implantou um modelo econômico voltado inicialmente para o mercado interno. E o segundo grupo para o mercado exterior, transformando-se em grandes exportadores. BRASIL, MÉXICO E ARGENTINA.
Brasil, México e Argentina iniciaram seus processos de industrialização após a primeira guerra mundial, esse processo se intensificou na década de 30, depois da crise de 29. Começaram a implantar industrias voltada para o mercado interno, produzindo bens de consumo não-duráveis, os quais eram antes exportados da Europa.
 Assim, no começo, a industrialização visava substituir as exportações. A aristocracia agrária era os donos das primeiras fábricas, pois eles tinham acumulado capitais com as exportações de produtos agropecuários e minerais, e passaram a investir na industria, no comercio e no sistema financeiro.
Na Argentina os estrangeiros ganharam muito dinheiro exportando carne e trigo, no Brasil surgiram os barões de café. Os latifundiários se tornaram a burguesia. O estado também foi outro agente importante para o inicio da industrialização, investindo de base e em infra-estrutura: ferrovias, rodovias, portos, etc.
Depois da Segunda Guerra Mundial, esse modelo ficou pouco frágil, devido a ausência de capitais, pela inexistência de ramos industriais importante e pela limitação tecnológica. Foi nesse período que os capitais estrangeiros começaram a invadir esses países.
 As diversas transnacionais viabilizaram a expansão de novos setores industriais, como; industrias automobilista, eletrônicas, químico-farmacêutico, etc. Nos setores tradicionais entraram industrias alimentícias e têxteis, que se juntaram as nacionais, ou em alguns casos incorporando-as.
 Anos de Crise e Dívidas.
O Brasil, Argentina, e México cresceram bastante e rapidamente nas décadas de 50 e 60. Porém, o crescimento desses países estava apoiado pela poupança estrangeira. Era uma conjuntura de abundancia de dinheiro no mercado financeiro mundial; portanto as taxas de juros eram baixas. Esses países se endividaram nas décadas de 70 e 80; são os maiores devedores em valores absolutos do mundo subdesenvolvido.
Esses três países, entre outro, caíram numa armadilha. Grande parte de suas dividas foram fixadas nesse patamar. O dinheiro foi emprestado podendo os juros oscilarem em função do mercado. E foi isso o que aconteceu, depois de uma elevação provocada pelo choque do petróleo, veio outra elevação das taxas de juros. Além de não sobrarem recursos para os países subdesenvolvidos, houve uma elevação artificial de suas dividas, que estavam presas as taxas de juros praticadas pelos Estados Unidos.
 A partir desse momento, aprofundou-se nesses países, a política de exportação. Foi feito um grande esforço para aumentar suas exportações, levando o preço de seus produtos para baixo. Paralelamente, os governos mantinham uma política de forte contenção de importações, por isso os parques produtivos nacionais ficaram desatualizados, devido a impossibilidade de comprar máquina e recursos necessários a sua modernização. Para se conseguir saldos na balança comercial que possibilitasse o pagamento dos juros da divida, fizeram: um aperto salarial, desvalorização cambial para tornar os produtos mais competitivos no exterior, altas tarifas de importação, reserva de mercado para determinado setores, etc.
A combinação de preços dos produtos em baixa, e taxas de juros em alta, resultou em muitos entrando numa profunda crise econômica. O que agravou tudo isso, foi que a maior parte da divida foi encontrada por regimes ditatoriais e corruptos, que investiram o dinheiro em projetos sociais duvidosas.
A década de 90 foi marcada por tentativa de estabilização econômica, e a implantação do receituário neoliberal. Com a implantação do real, o Brasil foi o ultimo dos países latino-americanos a lançar um de estabilização econômica bem sucedido. Com esse novo plano a inflação voltou para patamares vigentes da década de 70.
 Fernando Henrique Cardoso, eleito em 1994, idealizou o Plano Real quando ocupou o cargo de ministro da economia do governo Itamar Franco, e aprofundou as reformas, visando garantir a estabilidade econômica e a inserção brasileira no processo de globalização dos capitais. Fernando Henrique Cardoso conseguiu reduzir drasticamente a inflação; porém durante o seu primeiro mandato não se empenhou em aprontar reformas (tributarias, administrativa, previdenciária, etc.) que sustentariam a estabilidade econômica. Em janeiro de 1999, o Banco Central teve que desvalorizar o real para estancos para a fuga de capitais, o que provocou uma crise econômica.    
 África do Sul e Índia
 A África do Sul e a Índia foram colônias britânicas, e só começaram seus processos de industrialização após a Segunda Guerra Mundial, quando conseguiram a independência política.
A Índia se libertou do domínio britânico em 1947, depois de uma longa campanha sob a liderança de Mahatma Ghandi. Essa campanha foi baseada na "desolação civil" (quando um grupo ou nações passavam a desobedecer uma lei, que julgam ser injusta ou socialmente ultrapassada, com o objetivo de induzir o legislador a muda-la).
Depois da independência o Partido do Congresso assumiu o poder, tendo como primeiro-ministro um importante líder indiano, Jawarhald Nehru. Seu governo se estendeu até 1996, gerando conflitos com a minoria mulçumana do país.
Com o rompimento da dependência do Reino Unido, surgiu em 1961 a republica Sul-Africana. O partido Nacional tomou o poder, e ele era controlado minoria branca descendente de holandeses e alemães que migraram para o país desde o século XVII.
A parti da independência, foi implantado um regime de segregação social conhecido como apartheid.
De onde veio o capital para as Indústriais?
A Índia teve, sob o governo nacionalista, uma forte participação do Estado no inicio de seu processo de industrialização. Investiu-se principalmente em setores de base, na industria bélica e em obras de infra-estrutura. Hoje a Índia tem conseguido atrair investimentos estrangeiros, devido a uma política de abertura ao capital estrangeiro, e a privatização. A Índia, apesar de ter um parque industrial bem diversificado, é um país essencialmente rural e agrícola.
A África de Sul teve desde o inicio a participação de capitais estrangeiro em sua economia, predominantemente britânicos e norte-americanos. Nesses dois países, os capitais nacionais se originaram através de exportações de produtos agrícolas e fósseis, o que ajudou a acumular capitais que foram direcionados para a industrias.
 Assim, o que atraiu capitais estrangeiros para esses países foi uma grande disponibilidade de matéria-prima, mão-de-obra barata e um mercado interno razoável.
 Na África do Sul, apesar do fim do apartheid, os principais consumidores são os brancos (cerca de 14% da população), que possuem um padrão de vida do país desenvolvido. Mesmo com a entrada de Nelson Mandela no poder, o primeiro presidente negro do país, a desigualdade socioeconômica continua. E este é o grande desafio não só da África do Sul, mas de todos os países subdesenvolvidos.
OS TIGRES ASIÁTICOS
Como pequenos países, que possuem uma população relativamente pequena, cresceram e continuam se expandindo de uma maneira tão rápida. O que levou os produtos desses países a se espalharem pelo mundo?
Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura, até a segunda guerra mundial, eles em nada diferiam dos outros países asiáticos. Eram países agrícolas, com boa parte da população vivendo no campo e cultivando principalmente arroz. O futuro para esses países não parecia ser muito promissor, visto que a população era na sua maioria analfabeta, tinha um território reduzido e não possuía nenhuma reserva de recursos minerais ou combustíveis fósseis.
No entanto, atualmente esses países possuem as economias mais dinâmicas do mundo. São as economias que apresentaram os maiores índices de crescimento na década de 80, enquanto a América Latina vivia a "década perdida".
Suas economias são as que mais incorporam rapidamente novas tecnologias no processo de produção. E ao meio tempo em que aumentam os índices de produtividade, diminuem os índices de desigualdade sociais.
Os tigres asiáticos, assim chamados desde a década de 80, mostram uma forte agressividade na busca de novos mercado no exterior. Em 1965, esses países detinham uma fatia de apenas 1,5% do comércio mundial, mas, em 1986, essa fatia já alcançava 8,5%. Esses países que hoje formam os tigres asiáticos, desde o expansionismo imperialista do final do século XIX, já sofriam influencia japonesa.
Histórico: O surgimento dos Tigres
A península da Coréia foi ocupada pelo Japão, juntamente com Taiwan, desde a guerra Sino-japonesa (1894-1895) até o fim da segunda guerra mundial. Hong Kong era um território chinês que foi cedido ao Reino Unido, marcando o fim da guerra do Ópio. Cingapura era um entreposto comercial da Companhia Britânica da Índia Ocidental desde 1824.
Mas durante a segunda guerra mundial todos esses territórios já estariam sob ocupação japonesa.
Com o fim da guerra, veio a fase rápida da industrialização, devido a influência da Guerra Fria. Esses territórios passaram a fazer parte da aliança norte-americana frente aos soviéticos.
Após a segunda guerra mundial, a península da Coréia foi dividida na altura do paralelo 38°N, formando dois países. A parte norte, recebeu apoio sino-sovietico, com a capital em Pyonyang. A parte sul, com a capital em Seul, passou a receber apoio dos Estados Unidos.
Em 1950, essa rivalidade veio a tona, quando tropas da Coréia do Norte invadiram a parte sul da Coréia, dando inicio a guerra da Coréia.
 Os Estados Unidos interviram para ajudar a Coréia do sul e pôs em pratica a Doutrina Trumam, esses conflito durou até 1953, quando foi assinado o Armistício de Panmuyon. 
Taiwan, com a capital em Taipe, surgiu depois da Revolução Chinesa, com a fuga dos nacionalistas para essa ilha. Com a guerra Fria, Taiwan forma um conflito com Pequim, e sua historia é marcada com a duplicidade da política norte-americana com os dois países. Aliás, até a década de 70, Taiwan tinha um lugar na ONU. Durante o governo Pixon, a China foi reconhecida pelos Estados Unidos e, portanto pela a ONU. Assim, em 1971, a china foi admitida na ONU como membro permanente do conselho de segurança, e ao mesmo tempo Taiwan foi expulsa da organização por exigência chinesa. Isso ocorreu porque os Estados Unidos tinha interesse em se aproximar da china comunista, depois que esta rompeu a sua ligação com os soviéticos.
 Em 1979, os Estados Unidos rompeu relação com Taiwan. Hong Kong, foi devolvida a China em 1997, num acordo firmado em 1984, com a manutenção do capitalismo por 50 anos. A ilha de Cingapura se integrou a Federação da Maláysia, e se tornou independente em 1965, constituindo a republica de Cingapura.
O Processo de Industrialização
 A combinação de uma serie de fatores de natureza econômica, social, política e cultural explicam o que levou esses países emergirem em tão pouco tempo como importantes países industriais, apesar de tantos problemas.
 Os tigres Asiáticos constituíram, depois da segunda guerra mundial, regimes políticos fortes.
O estado teve um papel importante sob esses governos ditatoriais, no sentido de estimular a industrialização, concedendo subsídios às exportações, mantendo uma política de desvalorização cambial, tomando medidas protecionistas contra os concorrentes estrangeiros, impondo restrições ao funcionamento dos sindicatos, fornecendo grandes investimentos para a educação e controle das importações, além de fazer grandes investimentos em infra-estrutura.
Com o alto nível de poupança interna, junto com empréstimos controlados em bancos no exterior, mais a ajuda financeira dos Estados Unidos possibilitaram a arrancada industrial. Seus produtos tornam-se baratos devido: a mão-de-obra muito barata, mas qualificada e produtiva, devido ao bom nível educacional; os subsidies as exportações e o controle da política cambial. Isso garantiu, e garante, aos tigres asiáticos grandes competitividade no mercado mundial, que, por sua vez, eleva os saldos comerciais e são reinvestido para se conseguir maiores capacitação tecnológica.
Os tigres seguiram os passos de seu vizinho bem sucedido, o Japão. Além do mais, se beneficiaram de uma conjuntura mundial liberal, dispondo de amplos mercados para colocar seus produtos. Tornaram-se verdadeiras maquinas de exportação.
Mais recentemente, a elevação da renda por capital e a elevação salarial, que são resultados do aumento de produtividade da economia como um todo, ocasionaram uma expansão do mercado interno, e ajudou esses países a aprimorarem suas industrias.
Os Tigres têm investido em novos ramos industriais, mais avançados tecnologicamente, e transferindo seus setores tradicionais para outras regiões ou países que possuem um custo menor.
 Junto com os investimentos japoneses, empresários dos Tigres, tem construído filiais na Tailândia, Maláysia e Indonésia, que com população numerosas, cresceram rapidamente até meados dos anos 90. Por isso, esses países são conhecidos como os "novos tigres".
Mas apesar dos pontos em comum, há grandes diferenças entre esses países, principalmente quanto à estrutura industrial.
 A economia da Coréia do sul é controlada por grandes conglomerados e automóveis. Os chaetbols sul-coreanos ( a exemplo dos keiretsus japoneses) cada vez mais espalham seus produtos pelo mundo. Com a crise asiática, porém, muitos desses conglomerados tiveram problemas devido ao alto grau de endividamento.
Taiwan possui uma economia controlada por uma variedade de empresas de medio e pequeno portes, que atuam especializadamente em um ou dois setores na economia. Isso permite as empresas maior agilidade e flexibilidade para se adaptarem as inovações tecnológicas.
Em Cingapura se consolida um enorme entreposto de comercio e grandes navais, petroquímicas, eletrônicas, maquinas e equipamentos.
Desde 1997, esses países junto com os "novos tigres" passam por uma crise econômica, nas Cingapura e Taiwan, fora os que menos sofreram devido ao baixo grau de endividamento de suas empresa e o controle de suas contas públicas.
Hong Kong, após a sua reincorporarão a china na forma de região administrativa especial, sofreu os efeitos da crise. Em fins de 1997, houve uma queda repentina no valor das ações de sua bolsa de valores, agravando ainda mais a crise. Mesmo a crise não conseguir parar esses países, que cada vez mais enchem o mercado com produtos sofisticados. Agora a fama de produzir produtos de baixa qualidade ou bugigangas ficou para os "novos tigres" e, principalmente, para as zonas especiais da China.
Atualmente, os tigres continuam vendendo seus produtos a um preço bem razoável devido à desvalorização de suas moedas. Quando a crise financeira for superada, poderão retornar ao rápido crescimento econômico.

CHINA: “A ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO”

CHINA: “A ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO”

Após a Revolução Chinesa de 1949, com a vitória dos comunistas, sob a liderança de Mao Tse-tung, implantou-se na China um regime muito parecido com o da então União Soviética, superpotência que apoiou o movimento no início. Como resultado, surgiu a República Popular da China, também conhecida como China Comunista. Politicamente, estruturou-se uma ditadura de partido único, com o poder centralizado em Pequim. As atividades econômicas foram quase totalmente estatizadas e planificadas. Derrotados pelos comunistas, os nacionalistas, sob a liderança de Chiang Kai-shek e sob a proteção norte-americana, refugiaram-se em Formosa, fundando a República da China, também conhecida como Taiwan. Sob a ditadura militar do Kuomintang, organizou-se na ilha uma das economias capitalistas mais dinâmicas da região, pois Taiwan é um dos Tigres Asiáticos.Com a morte de Mao Tse-tung, em 1976, Deng Xiaoping foi indicado para substituí-lo como secretário-geral do PCC, passando a ser o homem forte do regime. A partir de 1978, Deng deu início a um processo de abertura econômica que se aprofundou a partir de 1982, com a criação das primeiras zonas econômicas especiais.“Economia socialista de mercado” é o nome dado pelos líderes chineses a um sistema que tenta compatibilizar uma economia cada vez mais aberta aos investimentos estrangeiros e que, por isso, tem de conviver com a iniciativa privada e mesmo com a propriedade privada, mas que continua, porém, sob o controle do Estado.As zonas econômicas especiais são porções do território chinês localizadas nas províncias litorâneas, onde os capitais privados têm grande liberdade de atuação. Essas zonasoferecem muitas vantagens ao capital estrangeiro, que aflui em grande quantidade com o objetivo de auferir altos lucros. São as regiões mais dinâmicas da economia chinesa e produzem basicamente bens de consumo para exportação.A China é a economia que mais cresce no mundo, devido às grandes vantagens que oferece aos capitais estrangeiros, notadamente nas zonas econômicas especiais. Os custos de produção são muito baixos no país, portanto os lucros são muito altos, devido à enorme disponibilidade de mão-de-obra muito barata, relativamente qualificada e disciplinada; aos incentivos fiscais concedidos pelo regime; às facilidades concedidas aos exportadores; à boa infraestrutura; ao baixo custo da terra, da energia, das matérias- primas, entre outros fatores. Enquanto a China como um todo tem crescido a uma média de quase 10% ao ano desde o início da década de 80, as zonas econômicas especiais têm apresentado taxas maiores de crescimento.Guangdong, por exemplo, apresentou uma taxa média de crescimento anual de 12,5% desde 1980. Esse enorme crescimento aumentou consideravelmente a participação chinesa no comércio mundial, bem como a riqueza nacional, mas também trouxe problemas. Aprofundou-se a desigualdade social e regional, estimulando a migração interna em direção às regiões mais dinâmicas, aumentando o desemprego e colaborando para manter os salários em níveis muito baixos. 

DE UNIÃO SOVIÉTICA A RÚSSIA: ASCENÇÃO E QUEDA DE UMA SUPERPOTÊNCIA.

DE UNIÃO SOVIÉTICA A RÚSSIA: ASCENÇÃO E QUEDA DE UMA SUPERPOTÊNCIA.

Implantou-se na União Soviética uma ditadura de partido único, o Partido Comunista da União Soviética (PCUS). O poder estava concentrado nas mãos do politburo, composto por uma elite dirigente. O cargo mais importante na hierarquia de poder era o de secretário-geral do PCUS, cujo ocupante era indicado pelos membros do politburo. O poder também estava concentrado geograficamente. O centro de poder era o Kremlin, em Moscou (Rússia). A economia foi planificada e estatizada e montou-se uma gigantesca burocracia para controlá-la. O órgão máximo de planificação era a Gosplan.
Na década de 70, as economias capitalistas desenvolvidas, movidas por acirrada competição, protagonizaram saltos tecnológicos, principalmente com a robótica e a informática, atingindo um elevado grau de produtividade e de competitividade. Como resultado da chamada Terceira Revolução Industrial ou revolução técnico-científica, esses países, com destaque para os Estados Unidos, Japão e Alemanha, passaram a produzir bens cada vez mais sofisticados e baratos. Na União Soviética, a economia era planificada e estatizada, portanto, não-concorrencial e cada vez mais burocratizada. Além disso, o país historicamente priorizou a indústria de base e o setor bélico e aeroespacial, não acompanhando os rápidos avanços atingidos pelos países capitalistas desenvolvidos. Apresentava, portanto, uma crescente defasagem nos indicadores de produtividade.A escassez de bens de consumo provocava enormes filas e a população reclamava também da péssima qualidade dos bens à venda. Na década de 80, a crise já era muito grave. Com a eleição de Ronald Reagan, os Estados Unidos elevaram muito seus gastos com armas, forçando a União Soviética a fazer o mesmo, agravando ainda mais a crise que o país atravessava. Gorbatchev, ao assumir o cargo de secretário-geral do PCUS, diferentemente de seus antecessores, passou a admitir publicamente que o país vivia uma grave crise. Em seu livro Perestroika – novas idéias para o meu país e o mundo, ele fez uma crítica ao regime soviético e defendeu uma série de mudanças. Logo em seguida, anunciou várias reformas de cunho modernizante, tanto no plano político como no econômico.Perestroika designava um conjunto de medidas econômicas de cunho reformista idealizadas para reestruturar a combalida economia soviética, modernizando-a. Já a glasnost era um conjunto de medidas de caráter político que visava desmontar o arcabouço ditatorial que imperava na União Soviética. Pode ser interpretada como uma abertura política, ou melhor, como a implantação de um governo transparente. Seria uma nova era de transparência política, que obviamente não era atributo da ditadura de partido único.Com a abertura política, os movimentos nacionalistas se fortaleceram e os setores que defendiam o separatismo ganharam mais espaço. Particularmente nos países bálticos, surgiu um movimento separatista muito forte e organizado.Aproveitando o caos político que imperava na União Soviética, com a tentativa de golpe de Estado em agosto de 1991, que enfraqueceu o poder central, Lituânia, Letônia e Estônia proclamaram a independência. Essa atitude foi logo imitada por outras repúblicas nos meses seguintes, até que, em dezembro desse mesmo ano, Bóris Yeltsin decretou a independência da Rússia, a mais poderosa e importante República Soviética. O acordo de Minsk, assinado logo depois, criou a CEI – Comunidade de Estados Independentes –, selando definitivamente o fim da União Soviética.As principais concentrações industriais na Rússia estão na região de Moscou, capital do país, onde está o maior mercado consumidor e a maior concentração de mão-de-obra, com predominância de indústrias de bens de consumo, e na região dos Montes Urais, devido à grande disponibilidade de recursos minerais, com a predominância de indústrias de base.

JAPÃO: DO NASCIMENTO DA POTÊNCIA À CRISE

JAPÃO: DO NASCIMENTO DA POTÊNCIA À CRISE

A era Meiji, que se estende de 1868 a 1912, foi de fundamental importância para o Japão, porque foi nesse período que o país se modernizou. Tendo o Estado como agente indutor do processo de modernização-industrialização, o Japão emergiu como potência já no início do século XX. Nesse período, o Estado encarregou-se de abrir o país ao exterior, de investir em educação, de implantar a infraestrutura necessária para a industrialização, de abrir as primeiras fábricas (que com o tempo foram vendidas aos clãs mais poderosos do país), de investir na sua capacitação bélica etc.
No início do século XX, o processo de industrialização japonês deparou com um problema estrutural que, se não fosse resolvido, poderia inviabilizá-lo: a escassez crônica de matérias-primas e de fontes de energia, a limitação de seu mercado interno e a exigüidade das terras agricultáveis. Na tentativa de solucionar esses problemas, o Japão trilhou o mesmo caminho já seguido pelos europeus e norteamericanos, ou seja, procurou expandir-se territorialmente.O imperialismo japonês apoderou-se de vastos territórios no leste e sudeste da Ásia: Manchúria e outras partes da China, Coréia, Hong Kong, Filipinas, Indochina etc. A fase de maior expansão territorial coincidiu com a Segunda Guerra Mundial, que, no entanto, também marcou o fim do imperialismo japonês após a sua derrota.Teve um papel fundamental no processo de recuperação do Japão no pós-guerra a intervenção norte-americana, durante o período de ocupação, impondo aos japoneses uma série de reformas de cunho modernizante, ao mesmo tempo em que canalizava 2,5 bilhões de dólares (entre 1947-50), a título de ajuda. Além disso, o país dispunha de numerosa mão-de-obra, barata e qualificada, que durante muito tempo foi bastante explorada, possibilitando altos lucros aos industriais. Paralelamente, o Estado investiu maciçamente em educação, pesquisa, desenvolvimento e infra-estrutura, atuando ainda na economia como agente planejador. A reconstrução das fábricas e da infraestrutura em bases mais modernas permitiu, num curto período de tempo, um grande aumento de produtividade.O Japão é, devido à limitação de seus recursos, um grande importador de matérias-primas agrícolas, minerais e fósseis, de energia e de alimentos, que são, em geral, mercadorias baratas. A muitos desses produtos primários agrega capitais, tecnologia sofisticada, mão-de-obra qualificada e bem-remunerada, produzindo bens de capital e de consumo que são exportados em grande escala por preços relativamente muito maiores, o que lhe permite obter grandes vantagens no comércio externo. O Japão é um grande exportador de automóveis, produtos eletrônicos em geral, navios, relógios, motocicletas, produtos fotográficos e cinematográficos, máquinas, aço etc.As principais concentrações industriais aparecem no eixo da megalópole japonesa, especialmente no sudeste da ilha de Honshu. Deve-se destacar, no entanto, as regiões de Tóquio e Osaka, que juntas concentram cerca de metade da produção industrial do país.6. O principal tecnopolo japonês é a Cidade da Ciência de Tsukuba, localizada a uns 60 quilômetros a nordeste de Tóquio. Sua implantação desde o início (anos 60) ficou sob a responsabilidade do governo japonês, que ao longo dos anos 70 e 80 construiu diversos centros de pesquisas. Essa é a principal diferença em comparação com o Vale do Silício, nos Estados Unidos. Enquanto Tsukuba foi um projeto governamental, no início todo bancado pelo Estado japonês, o Vale do Silício é, desde o início, um empreendimento eminentemente privado, dominado por grandes corporações norte-americanas, como a HP e a Intel. Atualmente há em Tsukuba 46 institutos governamentais de educação e pesquisa, entre os quais a Agência NacionalEspacial do Japão (Nasda), o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada (AIST) e a Universidade de Tsukuba. Desde meados dos anos 80 muitas empresas privadas também têm se instalado nesse tecnopolo.O grande acúmulo de riquezas no país provocou uma crescente especulação com ações, levando a uma enorme alta na Bolsa de Tóquio. Enquanto isso, os bancos japoneses fizeram grandes empréstimos sem critério, principalmente para o ramo imobiliário, o que provocou uma grande especulação nesse setor. Os preços dos imóveis no Japão subiram exageradamente, transformando-se nos mais altos do mundo. Essa bolha especulativa – financeira e imobiliária – estourou no início dos anos 90. Os preços das ações e dos imóveis despencaram, fazendo a crise se propagar pela economia real. Os bancos, não tendo como receber dos devedores, não faziam novos empréstimos. Muitas empresas – indústrias, bancos, corretoras etc. – foram à falência, levando o país à estagnação econômica.

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA

Porque 1871 marca a unificação político-territorial da Alemanha com a constituição do Segundo Reich. A unificação territorial significou também uma unificação econômica.Surgiu um grande mercado consumidor, sem barreiras para a circulação de produtos e capitais, com uma moeda única, uma política econômica válida para o território inteiro, e uma legislação fiscal e trabalhista também única.
Enfim, a unificação política criou condições econômicas para um grande processo de acumulação de capitais, que antes era dificultado pela fragmentação territorial. A Alemanha não tinha muitas colônias porque se unificou tardiamente. Assim, enquanto o Reino Unido e a França estavam conquistando territórios, esse país estava ainda empenhado na unificação do seu território. Quando se lançou à conquista de territórios externos, no final do século XIX, o mundo já estava praticamente todo dividido entre as principais potências européias.Tanto na Primeira quanto na Segunda Guerra, a Alemanha foi o pivô dos conflitos mundiais pelo mesmo motivo. Ambas foram resultado do expansionismo alemão, com base na noção de “espaço vital” formulada por Friedrich Ratzel. Era o Estado militarista alemão empenhado em conquistar os territórios necessários para viabilizar sua expansão capitalista, seu crescimento industrial e seu fortalecimento político.4. Após a Primeira Guerra, a Alemanha perdeu vastos territórios, como a Alsácia, a Lorena e o Sarre, para a França. Perdeu também territórios para a Polônia, com a criação do corredor polonês, isolando a Prússia Oriental. Além de perder territórios do próprio corpo do país, perdeu as poucas possessões coloniais que possuía. A Segunda Guerra foi, em grande medida, uma revanche às imposições do Tratado de Versalhes, uma tentativa de ampliar a Alemanha que redundou em nova derrota e maiores perdas territoriais. Além disso, a Alemanha, depois de um período de administração interaliada, seria, em 1949, dividida em duas: RFA(ocidental) e RDA(oriental).5. A maior concentração industrial da Alemanha encontra-se na Renânia, nos vales do Reno e do Ruhr, onde se destacam cidades como Colônia, Düsseldorf, Dortmund, Essen etc.Os principais fatores que explicam essa localização industrial são: facilidade de escoamento da produção pela hidrovia do Reno, que desemboca no porto de Roterdã (Países Baixos); grande disponibilidade de carvão mineral; concentração populacional, constituindo reserva de mãode-obra e mercado consumidor etc.Impossibilitadas de concorrer com a competitiva indústria ocidental, praticamente todos os ramos industriais da ex-RDA quebraram: falências generalizadas, desemprego em massa, crise. O governo da Alemanha unificada interveio nesse processo, canalizando bilhões de marcos com o objetivo de reconstruir a abalada infra-estrutura do lado oriental, na tentativa, diga-se de passagem bem-sucedida, de atrair investimentos para dinamizar sua economia. O ritmo de crescimento da ex-RDA é bastante rápido, muitos investimentos estão afluindo, as indústrias estão se modernizando, o desemprego está diminuindo. O que teve um papel fundamental nessa recuperação foram os subsídios do lado rico, os capitais da ex-Alemanha Ocidental.

REINO UNIDO E FRANÇA: OS PRINCIPAIS PAÍSES A SE INDUSTRIALIZAR

REINO UNIDO E FRANÇA: OS PRINCIPAIS PAÍSES A SE INDUSTRIALIZAR 

REINO UNIDO E FRANÇA: OS PRIMEIROS PAÍSES A SE INDUSTRIALIZARO Reino Unido foi o primeiro país a se industrializar porque foi nesse país que, pela primeira vez na história, se reuniram as condições fundamentais para a eclosão do processo de industrialização, tais como: maior acúmulo de capitais durante o capitalismo comercial; consolidação precoce da burguesia no poder; desenvolvimento, no país, dos principais avanços tecnológicos da época; disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral; abundância de mão-de-obra etc.
As principais regiões industriais aparecem no centro-sul do Reino Unido, especialmente no eixo Grande Londres-Grande Birmingham. As “regiões negras”, embora decadentes, ainda têm centros industriais importantes, como Manchester, Liverpool e Glasgow.O Reino Unido tem perdido terreno para outras potências, especialmente no pós-guerra, porque não conseguiu acompanhar o acelerado ritmo de inovações tecnológicas introduzidas no processo produtivo, que elevou o nível de produtividade e competitividade de países como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha. Como resultado seu crescimento econômico foi menor e hoje o Reino Unido é a quarta economia do mundo, bem atrás dos outros três mencionados acima, sobretudo dos Estados Unidos, sua ex-colônia.Assim, o Reino Unido sofreu uma decadência relativa, ou seja, embora continue sendo uma potência econômica, perdeu terreno para seus competidores.A França iniciou de forma consistente seu processo de industrialização no início do século XIX, quando já tinha se estabilizado politicamente, ou seja, quando a sua burguesia já tinha se consolidado no poder, após os acontecimentos da Revolução Francesa de 1789. Em fins do século XIX, enquanto o Reino Unido já entrava na Revolução Industrial, a França ainda estava fazendo sua revolução burguesa.Há importantes concentrações industriais francesas nas regiões ricas em carvão e minério de ferro, por isso pioneiras, na Lorena, no Nordeste; também no Norte e em Pasde-Calais, onde a exploração carbonífera já está praticamente esgotada. Há centros industriais importantes ao longo de rios navegáveis, como Lyon (rio Ródano), Paris (rio Sena) etc. Existem também centros industriais importantes localizados em torno de portos oceânicos: Marselha (Mediterrâneo), Le Havre (Atlântico) etc. Mas o principal centro industrial é a região de Paris, que engloba a capital e vários municípios periféricos, principalmente porque, além de ser a capital, concentra o maior mercado consumidor e a maior disponibilidade de mão-de-obra do país.O Reino Unido tornou-se um dos grandes produtores de petróleo do mundo a partir da década de 70. Com as duas crises do petróleo e a brutal elevação do preço do barril,passou a ser necessária a exploração em águas profundas, já que as reservas do mineral encontram-se na plataforma continental do Mar do Norte. O Reino Unido, em menos de uma década, passou de importador a exportador de petróleo.Já a França não tem reservas relevantes, sendo, por isso, grande importador. Para compensar a escassez dessa fonte de energia, a França investiu maciçamente em seu programa nuclear, já que o país é rico em urânio. Em 2003, 75% da energia elétrica gerada no país provinha de usinas nucleares movidas a urânio enriquecido.


ESTADOS UNIDOS: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUPERPOTÊNCIA

ESTADOS UNIDOS: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUPERPOTÊNCIA.

Desde sua independência, em 1776, os Estados Unidos foram ampliando cada vez mais o seu território, a partir das treze colônias. Alguns territórios foram conquistados após vitória em guerras, como as terras que se estendem dos Apalaches até o Mississipi, pertencentes ao Reino Unido até 1783. Após anexar o Texas, que se separou do México, em 1845, houve uma guerra entre os Estados Unidos e aquele país. Vitorioso, esse país ampliou o território até a Califórnia, em 1848, à custa de mais da metade do território mexicano. Outros territórios foram incorporados por meio de compra: Louisiana, em 1803, comprada da França; Flórida, em 1819, adquirida da Espanha; Alasca, em 1867, comprado da Rússia. Um acordo firmado com o Reino Unido, em 1846, garantiu o acesso a territórios no noroeste, em troca de não-agressão ao Canadá.
Finalmente, o Havaí, em disputa com o Japão, foi anexado em 1898, transformando-se no qüinquagésimo estado norte-americano.Uma combinação de fatores de ordem política, social, econômica, cultural e natural explica a industrialização dos Estados Unidos, concentrada inicialmente no nordeste do país. A hegemonia política e econômica do modelo de sociedade originado das colônias de povoamento, a hegemonia da burguesia nortista após a Guerra de Secessão, leis que favoreceram a entrada de imigrantes, que constituíram uma ampla reserva de mão-de-obra e um amplo mercado consumidor, a enorme disponibilidade de minérios e combustíveis fósseis, o fortalecimento da ética do trabalho entre a população, a facilidade de escoamento da produção pelos Grandes Lagos, ligados com o oceano através de rios, entre outros fatores.O fato de o norte das treze colônias ter nascido sem importância para o Reino Unido fez com que essa metrópole exercesse um controle pouco rígido sobre a região, em comparação ao que exercia em suas outras colônias, como a Índia ou as da África e do Caribe, muito mais importantes do ponto de vista econômico. Isso ocorreu porque o norte das treze colônias não tinha muita coisa valiosa a oferecer aos colonizadores. Não tinha clima tropical para a introdução de plantations, não tinha metais preciosos, nem era estratégico, daí o controle flexível. Isso foi de suma importância para os Estados Unidos, pois acabou criando as condições para a separação e, posteriormente, para a industrialização dessa região, que, com o passar do tempo, tornou-se a mais importante dentro do território norte-americano.4. O fim da Guerra de Secessão, com a vitória nortista, marcou a hegemonia da burguesia urbano-industrial ascendente sobre a aristocracia rural-agrária do sul. Com a vitória nortista, a burguesia impôs seu modelo de sociedade e seus interesses ao restante do país. Passou a controlar o Estado norte-americano e, interessada em ampliar o mercado consumidor para seus produtos, acabou com a escravidão, desenvolveu uma política de doação de terras no Oeste, uma política de modernização do campo etc. Essas medidas colaboraram para a industrialização do país.As principais concentrações industriais estão no nordeste do país, desde a costa litorânea até o sul dos Grandes Lagos, porque, como já foi dito na questão 2, essa região reuniu os fatores mais importantes para o início da industrialização. Apesar da descentralização recente, essa ainda é a região mais industrializada dos Estados Unidos.Com o exagerado crescimento das megalópoles do nordeste dos Estados Unidos, gradativamente foi havendo uma elevação dos custos gerais de produção. A descentralização no pós-guerra é uma tentativa de baixar custos de produção, garantindo, portanto, maiores lucros. As regiões que mais se beneficiaram dessa tendência foram o Sul e o Oeste. As cidades que mais têm crescido nos Estados Unidos são Orlando, Dallas, Houston, Seattle, Phoenix, Portland, Atlanta etc.As indústrias de alta tecnologia – microeletrônica, informática,biotecnologia etc. – , típicas da atual revolução técnico-científica, tendem a se localizar em torno de centros de pesquisa e de universidades, pois necessitam de mão-de- obra altamente qualificada. Poderíamos citar como exemplo o tecnopolo do Vale do Silício, a maior concentração mundial dessas indústrias, localizado ao sul de São Francisco (Califórnia), que se desenvolveu em torno da Universidade Stanford.

O caso da industrialização Norte Americana
Começou no NE, junto a aglomerações bancárias em Nova Iorque e Boston com indústrias de consumo.
Após sua guerra civil(1861-65) passou a se deslocar para o interior em direção as bacias carboníferas.
Em 1900 Manufacturing Belt – cinturão industrial
Após a 2° GM ocorre a decadência do manufacturing Belt, devido a utilização intensa de fontes energéticas, a modernização do sul, a integração rodoviária do país entre outros
Ocorre o migração para o sul e o Oeste- SunBelt- com indústria de alta tecnologia, cujos produtos finais têm elevados custos unitários. Como exemplo temos o Vale do silício, sobre o qual fala o texto seguinte. 
O vale do silício.
Vale do Silício é como é conhecido, na Califórnia EUA, o Silicon Valley, um conjunto de empresas implantadas a partir da década de 1950 com o objetivo de inovar científica e tecnológica, destacando-se na produção de Chips, na eletrônica e informática.
O Vale do Silício abrange várias cidades de estado da Califórnia, ao sul de São Francisco, como Palo Alto e Santa Clara, estendendo-se até os subúrbios de San Jose.
A industrialização dessa região teve início nos anos 90, mas o impulso para o seu desenvolvimento se deu com a Segunda Guerra Mundial e principalmente durante a Guerra Fria, devido à corrida armamentista e aeroespacial. Foram as indústrias eletrônicas do Vale do Silício que forneceram transistores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo. Muitas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo foram gestadas na região: Apple, Altera, Google, NVIDIA Corporation, Electronic Arts, Symantec, Advanced Micro Devices (AMD), eBay, Maxtor, Yahoo!, Hewlett-Packard (HP), Intel, Microsoft (hoje está em Redmond, próximo de Seattle), entre muitas outras.
Observações
A Google é hoje a empresa de maior valor de mercado no mundo
Microsoft também está no topo desta lista
Os trabalhadores destas empresas são na maioria jovens até 35 anos
O mercado de jogos para videogames e computadores hoje já fatura mais que a indústria cinematográfica


A PRODUÇÃO MUNDIAL DE ENERGIA

A PRODUÇÃO MUNDIAL DE ENERGIA


Quais são as principais fontes de energia?
E como elas influem na economia de um país?
Energia: Geopolítica e estratégia
Qualquer tipo de trabalho que realizamos gastamos energia, uma energia que é limitada pelos nossos dotes físicos. Assim, o homem desde a antiguidade, até os nossos dias tem procurado novas fontes de energia para realizar suas tarefas diárias. No começo, usava-se apenas a força de animais para transportar mercadorias ou arar a terra. Mas, com o tempo, os progressos técnicos foram avançando e novas fontes de energia foram sendo descobertas, tornando o trabalho humano mais eficiente.
Desde a revolução Industrial, quando houve a entrada das maquinas, o trabalho humano vem se tornando cada vez necessário. Quando uma maquina é aperfeiçoada, a produtividade aumenta e, como, hoje em dia, a energia já não é mais tão barata como antes, o homem tem se preocupado com as formas de economiza-la. Desde a Segunda Guerra Mundial o consumo vem aumentando sem parar, e o desenvolvimento tecnológico busca meios de economizar os meios de produzir e transportar mercadorias.
O consumo de energia está intimamente relacionado com a qualidade de vida do país. Em países desenvolvidos o consumo é maior, devido ao grau de industrialização e o nível de consumo residencial em aparelhos domésticos.
O setor energético está inserido diretamente na geopolítica e economia de um país. Qualquer aumento nos custos ou problemas na produção de energia afeta todas as atividades desenvolvidas no país. A produção industrial, os sistemas de transportes, de segurança, de saúde, de educação, lazer, comercio, agricultura dependem de energia, por isso a falta dela, afeta todo o país.
A energia gasta na produção industrial é necessariamente um fator que pode tomar a mercadoria mais ou menos competitiva no comércio internacional. Assim, qualquer nação almeja atingir a auto-suficiência e baixos custos na produção de energia, para que as atividades econômicas não sejam afetadas pelas oscilações de preço de mercado internacional e nem dependam de boa vontade de terceiros para o fornecimento de energia.
O petróleo é a principal fonte de energia do planeta, seguida pelo carvão mineral e pelo gás natural. Isso é preocupante, visto que 90% da energia consumida no planeta é provida de fontes não-renováveis, quer dizer, que um dia irão se esgotar. Fazendo com que seja necessário a busca de outras fontes de energias alternativas.
PETRÓLEO
O petróleo é encontrado em bacias sedimentares resultantes do soterramento de antigos ambientes aquáticos. Pode ser encontrado nos estados sólidos, líquidos e gasosos. É usado pelo homem desde a muito tempo.
O petróleo, além de ser a principal fonte de energia do planeta, é importantíssimo e está presente em todo o nosso cotidiano. Com ele, as industrias petroquímicas fabricam o plástico, a borracha sintética, os fertilizantes e os adubos usados na agricultura. Mas, essa grande dependência gera outras questões: o petróleo é uma fonte não-renovável de energia. Algumas previsões indicam que ele se esgotará em no mínimo dois séculos.
Edwin Drake encontrou petróleo em apenas 21 metros de profundidade, na Pensilvânia, Estados Unidos, e passou a comercia-lo com as cidades (em substituição ao óleo de baleia utilizado na iluminação pública). O petróleo o passo a ser consumido em quantidade crescente a cada ano. Junto com esse rápido consumo, surgiram companhias petrolíferas, atuando em todos os quatros fases econômicas de exploração: extração, transporte, refino e distribuição.
Em 1928, as sete maiores empresas petrolíferas formaram um cartel (AS “sete irmãs”), que dividiu o planeta em áreas de influência. Este fato causou grande reação de diversos países que dependiam do petróleo.
A parti da década de 30, diversas empresas estatais passaram a atuar diretamente nos quatros fases econômicas do petróleo, na tentativa de desmonopolizar as sete irmãs. Alguns países fizeram concessões para que as empresas estrangeiras atuassem no setor petrolífero. Exemplo: a Pemox, no México; a Petroven, na Venezuela; a Agip, na Itália. No Brasil, com a criação da Petrobrás em 1953.
Em 1960, criou-se a OPEP (Organização dos países Exportadores de Petrobrás), formada por 11 países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait,  Catar, Indonésia, Argélia, Nigéria, Líbia e Venezuela. Esta foi a segunda tentativa de desmobilizar as “sete irmãs”. Atualmente este cartel é composto por 11 países, além dos fundadores: Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Argélia, Nigéria e Líbia.
A crise do Petróleo
Com a eclosão da guerra entre Irã e Iraque, os países foram levados a comprar o produto, visando aumentar os seus estoques estratégicos. Com isso, a OPEP elevou o preço do barril para 34 dólares.
Para enfrentar a crise, estabeleceram duas estratégias: aumento da produção interna e substituição do petróleo por fontes alternativas. Essas medidas visavam diminuir a dependência energética.
Em 1986, com a substituição por outras fontes e com o aumento da produção em escala mundial, a lei da oferta e da procura voltou a funcionar e, a cotação do Brasil caiu para 12 dólares.
A parti de 1986, o poder da OPEP foi se fragilizando, e ficava cada vez mais complicado estabelecer um acordo de preços e cotas de produção entre os países membros. Os Estados Unidos conseguiram essa fragilização de favorecimento comerciais a Arábia Saudita e ao Kuwait.
Em dezembro de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e ameaçou invadir a Arábia Saudita, sob o pretexto de disputa territorial, mas a verdade é que eles estavam tentando impedir que esses países extrapolassem a cota de produção de petróleo estabelecida pela OPEP, que estava causando queda no preço do barril. Os Estados Unidos, querendo defender seus interesses comerciais, interfeririam imediatamente, enviando tropas ao Oriente Médio e pondo fim a guerra em janeiro de 1991. Durante o conflito, o barril de petróleo atingiu seu preço Maximo de 40 dólares. Com o restabelecimento da normalidade no Oriente Médio, o preço no final da década de 90 em torno de 16 dólares o barril.
As 20 maiores reservas de petróleo do mundo..png
CARVÃO MINERAL E GÁS NATURAL
A participação dessas fontes de energia aumentaram significativamente a parti das crises do petróleo em 1973, 1979 e 1991, que levaram os países a substitui-los por outras fontes de energia. O carvão mineral ocupa hoje a segunda posição, e o gás natural a terceira no consumo mundial de energia.
O carvão mineral é uma fonte de energia muito abundante, o que torna o substituto imediato do petróleo em situações de crise e aumento de preços. Mas, o carvão mineral acarreta prejuízos ambientais ao planeta, pois a estrutura molecular do carvão contém enorme quantidade de carbono e enxofre que, após a queima para a atmosfera na forma de gás carbônico, que agrava o efeito estufa, e o dióxido de enxofre, o grande responsável pela ocorrência da chuva ácida.
O carvão mineral, também é uma importante matéria-prima da industria de produtos químicos orgânicos, que produz piche, asfalto, plásticos, etc.
O gás natural, além de ser mais barato e facilmente transportável em condutores, apresenta uma queima quase limpa, que polui pouco a atmosfera se comparada a do carvão e a do petróleo. E sua queima libera uma boa quantidade de energia, que vem sendo utilizada, cada vez mais, nos transportes e na produção industrial.
ENERGIA ELÉTRICA
A energia elétrica é produzida principalmente em usinas, termelétricas e termonucleares. O que muda em cada uma, é a forma de girar um eixo e produzir energia mecânica, que será posteriormente transformada em eletricidade.
HIDRELÉTRICA
A energia hidrelétrica é gerada através de uma barragem feita em rio que apresenta, não necessariamente uma queda dágua, e sim de desníveis que possibilitem a instalação de uma barragem que forme uma represa e crie uma queda artificial. A energia potencial da barragem faz girar o eixo de uma turbina, gerando energia mecânica, que, posteriormente, é transformada em energia elétrica. Trata-se de uma forma limpa, barata e renovável de obtenção de energia, havendo imposto ambiental apenas na construção das barragens e no conseqüente represamento da água.
TERMELÉTRICA
Para se obter energia elétrica a partir da termeletricidade, aumenta-se os custos e o impacto ambiental, mas a construção de uma mina requer investimentos menores do que a de uma hidrelétrica. O que faz a turbina de usina termelétrica girar é a pressão do vapor de água obtido através da queima de carvão mineral ou petróleo. Sua vantagem em relação a hidrelétrica é que a localização da usina é determinada pelo homem e não pela topografia do terreno, o que possibilita sua instalação nas proximidades da área de consumo.
ENERGIA ATÔMICA
O que movimenta a turbina de uma usina nuclear é o vapor de água, que é gerado através da fissão de átomos de urânio em um reator.
As usinas nucleares são típicas de países desenvolvidos, já que o custo da instalação é elevado e a tecnologia incorporada ao processo é avançada.
Se ocorrer alguns acidentes com essas usinas, a radiatividade leva anos ou até mesmos séculos para se dissipar. Ainda outro problema, é o destino do lixo atômico.
Diversa outra forma de obtenção de energia elétrica vem sendo estudada por vários países, mas a sua produção e instalação ainda dependem da redução dos custos

CAP.3: Reino Unido e França: Os primeiros países a se industrializar.


REINO UNIDO E FRANÇA: OS PRIMEIROS PAÍSES A SE INDUSTRIALIZARO Reino Unido foi o primeiro país a se industrializar porque foi nesse país que, pela primeira vez na história, se reuniram as condições fundamentais para a eclosão do processo de industrialização, tais como: maior acúmulo de capitais durante o capitalismo comercial; consolidação precoce da burguesia no poder; desenvolvimento, no país, dos principais avanços tecnológicos da época; disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral; abundância de mão-de-obra etc.
As principais regiões industriais aparecem no centro-sul do Reino Unido, especialmente no eixo Grande Londres-Grande Birmingham. As “regiões negras”, embora decadentes, ainda têm centros industriais importantes, como Manchester, Liverpool e Glasgow.O Reino Unido tem perdido terreno para outras potências, especialmente no pós-guerra, porque não conseguiu acompanhar o acelerado ritmo de inovações tecnológicas introduzidas no processo produtivo, que elevou o nível de produtividade e competitividade de países como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha. Como resultado seu crescimento econômico foi menor e hoje o Reino Unido é a quarta economia do mundo, bem atrás dos outros três mencionados acima, sobretudo dos Estados Unidos, sua ex-colônia.Assim, o Reino Unido sofreu uma decadência relativa, ou seja, embora continue sendo uma potência econômica, perdeu terreno para seus competidores.A França iniciou de forma consistente seu processo de industrialização no início do século XIX, quando já tinha se estabilizado politicamente, ou seja, quando a sua burguesia já tinha se consolidado no poder, após os acontecimentos da Revolução Francesa de 1789. Em fins do século XIX, enquanto o Reino Unido já entrava na Revolução Industrial, a França ainda estava fazendo sua revolução burguesa.Há importantes concentrações industriais francesas nas regiões ricas em carvão e minério de ferro, por isso pioneiras, na Lorena, no Nordeste; também no Norte e em Pasde-Calais, onde a exploração carbonífera já está praticamente esgotada. Há centros industriais importantes ao longo de rios navegáveis, como Lyon (rio Ródano), Paris (rio Sena) etc. Existem também centros industriais importantes localizados em torno de portos oceânicos: Marselha (Mediterrâneo), Le Havre (Atlântico) etc. Mas o principal centro industrial é a região de Paris, que engloba a capital e vários municípios periféricos, principalmente porque, além de ser a capital, concentra o maior mercado consumidor e a maior disponibilidade de mão-de-obra do país.O Reino Unido tornou-se um dos grandes produtores de petróleo do mundo a partir da década de 70. Com as duas crises do petróleo e a brutal elevação do preço do barril,passou a ser necessária a exploração em águas profundas, já que as reservas do mineral encontram-se na plataforma continental do Mar do Norte. O Reino Unido, em menos de uma década, passou de importador a exportador de petróleo.Já a França não tem reservas relevantes, sendo, por isso, grande importador. Para compensar a escassez dessa fonte de energia, a França investiu maciçamente em seu programa nuclear, já que o país é rico em urânio. Em 2003, 75% da energia elétrica gerada no país provinha de usinas nucleares movidas a urânio enriquecido.


A GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS

INDUSTRIALIZAÇÃO E GEOPOLÍTICA

A GEOGRAFIA DAS INDÚSTRIAS


Indústria e Espaço geográfico
O artesanato antecedeu a indústria e era disperso pelo Espaço geográfico. A produção era limitada e predominava o sistema familiar de trabalho. Nas cidades o sistema de corporações produzia para o mercado local.
A moderna indústria nasceu entre o séc.XVIII e XIX, com o surgimento das máquinas e a diversificação dos meios de se obter energia. O sistema de fábrica caracteriza a indústria moderna. Trabalhadores, máquinas e matérias primas ficam reunidos em um mesmo local. Trabalhadores não são donos dos meios de produção.
Primeiramente a indústria se estabeleceu próxima as bacias de carvão mineral, que era a fonte principal de energia tanto para a siderurgia quanto para a indústria têxtil. 
Estas concentrações industriais geraram grandes centros urbanos, com mercados consumidores e mão de obra , infra-estrutura e transportes, gerando uma dinâmica de crescimento chamada de economia de aglomeração.
Fatores locacionais
matérias-primas
fontes de energia
mão-de-obra (qualificada com alta remuneração, e, desqualificada, com baixa remuneração)
mercado consumidor
infra – estrutura de transporte
rede de comunicações
incentivos fiscais
disponibilidade de água

Durante a Primeira Revolução Industrial, ou seja, do final do século XVIII até meados 
do século XIX, as jazidas de carvão mineral eram um dos fatores mais importantes para a 
instalação de fábricas. Por isso, houve grande industrialização em torno das principais bacias 
carboníferas britânicas (Yorkshire, Lancashire, Midlands e Northumberland), alemãs (vale do 
Ruhr), francesas (Pas-de-Calais e Alsácia-Lorena), norte-americanas (montes Apalaches), para 
citar os exemplos mais relevantes.
Com a Segunda Revolução Industrial, na Segunda metade  do século XIX, surgiram outras fontes de energia, como o petróleo e a eletricidade, e o carvão foi perdendo importância na definição da localização das fábricas. O fato de essas duas novas fontes energéticas serem mais facilmente transportadas possibilitou o surgimento de outras zonas industriais. Além disso, houve maior dispersão na distribuição geográfica das fábricas.
É interessante lembrar que o petróleo além de ser uma fonte de energia é matéria prima para vários tipos de indústrias. Evidentemente, a proximidade de várias outras matérias-primas, como minérios, 
florestas, água, etc., também pesa na localização das indústrias. Muitas siderúrgicas, como as 
do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais), nasceram próximo a jazidas de minério de ferro. As 
indústrias madereiras e de papel e celulose são bastante desenvolvidas no Canadá, em função 
da presença de uma grande floresta de coníferas.
Outro fator determinante para a localização das indústrias é a existência de uma rede 
de transportes
que possibilite o escoamento das mercadorias produzidas e o 
recebimento das matérias-primas. É por isso que muitos centros industriais importantes 
surgiram próximo a portos marítimos ou fluviais ou ainda em entroncamentos rodoviários ou 
ferroviários.
Outros fatores fundamentais são a disponibilidade de mão-de-obra e a de mercado 
consumidor.
É por essas razões que, historicamente, o fenômeno industrial esteve intimamente 
ligado às concentrações urbanas, particularmente às grandes cidades, como Londres, Paris, 
Nova Iorque, Tóquio, Milão, Moscou, Los Angeles, Colômbia, Chicago, Toronto, São Paulo, 
Cidade do México, Seul, etc. Como várias dessas cidades são entroncamento de rodovias, 
ferrovias, hidrovias e aerovias e abrigam as sedes de muitos bancos e escritórios de empresas, 
tornam-se ainda mais atraentes para a instalação de indústrias.
A tecnologia e as novas localizações industriais:

As localizações geográficas das indústrias geraram até alguns anos atrás as chamadas economias de aglomeração. Hoje após o ponto crítico deste fenômeno e com o desenvolvimento tecnológico muito mais acentuado, as indústrias estão fugindo para os interiores e com isso criando uma nova realidade: as DESECONOMIAS de aglomeração.

Isso acontece pelos seguintes fatores:
1.      Na região fabril os sindicatos triunfaram
2.      O preço das terras se elevou
3.      O custo dos impostos é mais alto
4.      O trânsito se torna cada dia pior 

Este processo de descentralização industrial em escala mundial acabou por beneficiar alguns países da periferia do capitalismo, provocando uma mudança da divisão internacional do trabalho com o surgimentos dos países emergentes.

Tipos de indústria:

Bens de produção ou de base ou intermediária: Mercadorias para a produção ou transporte de outras mercadorias e não para o consumo final. É crucial para o desenvolvimento das atividades manufatureiras. Utilizam muita energia e são também denominadas por Indústria pesada. Ex: indústrias de cimento, petroquímicas, metalúrgicas etc...

O Japão embora tenha uma pequena dimensão territorial e uma pobre reserva de matéria prima, através da tecnologia consegue figurar entre um dos maiores produtores de aço, cimento e petroquímicos. Seus pólos produtores se encontram próximos a áreas portuárias, pois é pelo mar que chegam os seus insumos necessários para o funcionamento dos mesmos. 
Indústrias de  bens de capital: (máquinas e equipamentos), tem como papel fundamental equipar outras indústrias, leves ou pesadas. Essas indústrias tendem a se localizar perto das empresas consumidoras de seus Produtos, ou seja, em grandes regiões industriais.
Indústria de bens de consumo: Também chamadas de leves, subdividida em bens duráveis (Automóveis, eletrônicos, eletrodomésticos) e não duráveis (alimentos industrializados, calçados, confecções, bebidas). Essas indústrias tendem a se localizar em regiões de venda direta para o consumidor, para o abastecimento da população em geral.

Exercícios:
O que são fatores locacionais das indústrias e quais as mudanças que vem ocorrendo neste padrão de localização?Por que?
Atualmente, o que está provocando um processo de descentralização industrial no mundo?

O COMÉRCIO INTERNACIONAL

O COMÉRCIO INTERNACIONAL


Muitos Estados estão, embora com certa relutância, aceitando abdicar de sua soberania para fazer parte dos blocos comerciais.
A integração econômica de vários países culminou com o surgimento dos blocos econômicos regionais e, em uma economia globalizada, cada vez mais competitiva, a constituição desses blocos visa dar respostas à constante necessidade de lucros e acumulação de capitais. Procurando diminuir as barreiras fronteiriças nacionais ao fluxo de mercadorias, capitais, serviços e mão-de-obra. Os integrantes desses blocos, fortalecem-se diante de países isolados ou de outros blocos de países.
Os países podem se organizar em diferentes tipos de blocos: Os Mercados Comuns, as uniões econômicas e monetárias, as zonas de livre comercio e as uniões aduaneiras.
Paralelamente à constituição de blocos econômicos, como os mencionados, estabelecem-se acordos bilaterais de livre comercio que permeiam os blocos. O México, que pertence ao NAFTA, firmou um acordo com a União Européia e outro com o Brasil, que pertence ao Mercosul.
O processo de globalização e os acordos regionais de comercio tem acentuado a tendência de concentração de capitais. Após a Segunda Guerra, as multinacionais tem se desenvolvido com maior desenvoltura através das fronteiras nacionais auxiliadas pelos Estados onde estão suas matrizes; mas, as fronteiras com suas normas e tarifas aduaneiras, ainda impõe barreiras à circulação. Por trás das linhas divisórias entre os países há políticas protecionistas que dificultam a circulação das mercadorias e dos capitais pelo mundo.
 Há dezenas de blocos econômicos no mundo. Dentre eles, os mais importantes são:
UE: Europa Unificada ou União Européia - constituída atualmente por Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Dinamarca, Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha, Áustria, Suécia e Finlândia. Sucessora do antigo Mercado Comum Europeu, busca aperfeiçoar sua união política e monetária desde a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1991, na Holanda. Esse tratado passa a valer a partir de 1993 e atualmente muitos de seus países-membros buscam a implantação de uma moeda única.
NAFTA: Acordo de Livre Comércio da América do Norte - formalizado em Janeiro de 1994 reúne os Estados Unidos, o Canadá e o México. Foi criado para enfrentar a concorrência da UE na América do Norte e para consolidar as relações comerciais entre seus países-membros.
APEC: Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico - reúne países localizados ao redor do Pacífico no Leste e Sudeste asiático, na América e Oceania. Ainda em fase de implantação prevê o livre comércio em 2020. É um bloco transcontinental que aglutina países que participam de outras organizações comerciais.
MERCOSUL: Mercado Comum do Sul - criado em 1991 reúne o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, sendo o Chile e a Bolívia membros associados. O livre comércio passa a ser aplicado em 1995 reduzindo-se paulatinamente as tarifas de importação.
ALCA: Área de Livre Comércio das Américas - surge como proposta em 1994 e poderá se tornar um dos maiores blocos comerciais do mundo. As negociações em curso prevêem a possibilidade de sua criação e deverá reunir os países americanos com exceção a Cuba.
Importante:
Zona de livre comércio - reúne os países através de acordos comerciais que visam exclusivamente à redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre os países-membros do bloco. Só é considerada uma Zona de Livre Comércio quando pelo menos 80% dos bens são comercializados sem taxas alfandegárias. O principal exemplo é o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), formado por Estados Unidos, Canadá e México;
União aduaneira - é um estágio mais avançado de integração. Além dos países eliminarem as tarifas aduaneiras entre si, estabelecem as mesmas tarifas de exportação e importação TEC (Tarifa Externa Comum) para o comércio internacional fora do bloco. A união aduaneira exige que pelo menos 85% das trocas comerciais estejam totalmente livres de taxas de exportação e importação entre os países-membros. Apesar de abrir as fronteiras para mercadorias, capitais e serviços, não permite a livre circulação de trabalhadores.
O principal exemplo é o Mercosul (Mercado Comum do Sul), composto por BrasilArgentina, UruguaiParaguai e VenezuelaChileBolíviaPeruColômbia e Equador são países associados ao Mercosul, ou seja, participam do livre comércio, mas não da união aduaneira.
Mercado comum - visa à livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços. O único exemplo é a União Européia, que, além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adotar tarifas comuns para o mercado fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão-de-obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros. A UE é formada por 27 membros, após a adesão de 10 novos países, em maio de 2004. Em 2007, incluíram-se também Romênia e Bulgária na União Européia;
União econômica e monetária - é formada pelos países da União Européia, que, em 1º de janeiro de 2002, adotaram o euro como moeda única. Apenas 13 países pertencem à zona do euro: Áustria,  Bélgica,  Finlândia,  França,  Alemanha, Irlanda,  Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos),  PortugalGrécia,  Espanha e Eslovênia.