IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS

IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS


Para existir um ecossistema, pressupõem-se a existência e um ambiente em perfeito equilíbrio, formado pela relação entre plantas, animais, clima e solo. Além disso, a existência de um ecossistema implica também auto-suficiência e, portanto, a existência de organismos produtores de matéria e energia e a de consumidores e decompositores. Sendo assim, pode-se falar na existência de um sistema urbano. A cidade forma um sistema especial. Ela é apenas uma etapa consumidora, interferindo em vários ecossistemas.
Assemelhando-se a um ecossistema, a cidade consome matéria e energia e gera subprodutos, mas, apesar disso, não recicla nada. Esse é o seu grande problema. As grandes aglomerações urbano-industriais consomem incrível quantidade de energia e matérias-primas, muito mais do que o necessário para sustentar suas populações. Assim, também produzem toneladas e toneladas de subprodutos que, não sendo reciclados, vão se acumulando no ar, no solo e nas águas, causando uma série de desequilíbrios no meio ambiente.

Poluição

O termo poluição deriva do latim poluere, que significa “sujar”. Poluição é qualquer alteração provocada no meio ambiente, que pode ser um ecossistema natural ou agrário, um sistema urbano ou até mesmo, em microescala, o interior de uma casa. Essas alterações podem ser:

 Poluição do Ar

A poluição atmosférica é um dos problemas mais sérios das cidades e também um dos que mais atingem os sentidos da visão e do olfato. A poluição do ar é resultado do lançamento de enorme quantidade de gases e materiais particulados na atmosfera ou então de elementos ou partículas que naturalmente não aparecem na composição atmosférica, como é o caso do chumbo, das poeiras industriais.
Em geral, os veículos automotores são os principais responsáveis pela poluição do ar, com destaque para milhares de automóveis particulares que rodam nas grandes cidades dos países desenvolvidos e em muitas cidades dos subdesenvolvidos.
Somente na Grande São Paulo, circulam cerca de 5 milhões de carros particulares, ou seja, um quarto dos automóveis de todo o país rodam 0,09% de sua área total.
A solução seria uma política de estímulo ao transporte coletivo, principalmente de veículos não-poluidores movidos a eletricidade. Além de reduzirem o consumo de energia e, conseqüentemente, poluírem muito menos, tornariam mais fácil o trânsito, possibilitando uma melhor condição de vida no ir-e-vir do trabalho, da escola.

Os principais poluentes lançados na atmosfera são:

» Monóxido de carbono (CO), produto da queima incompleta dos combustíveis;

» Dióxido de enxofre (SO), produto da combustão do enxofre presente nos combustíveis fósseis;

» Monóxido de nitrogênio (NO) e dióxido de nitrogênio (NO), também conhecido como óxidos de azoto (NO), resultante de qualquer combustão que ocorra na presença de ar atmosférico;

» Chumbo (Pb), que costuma ser adicionado a gasolina para aumentar sua octanagem;

O graves efeitos do monóxido de carbono sobre os seres humanos são amplamente conhecidos. No processo de respiração, o monóxido de carbono forma com a hemoglobina, uma ligação mais estável. A ligação monóxido de carbono-hemoglobina reduz a oxigenação do cérebro e das células, provocando, em pequenas concentrações, dores de cabeça, vertigens.
 O dióxido de enxofre e os óxidos de azoto causam ou agravam os problemas respiratórios: asmas, bronquite, pneumonia.
A elevação dos níveis de poluentes na atmosfera traz consigo uma série de problemas as pessoas, tais como irritação nos olhos e na garganta e problemas respiratórios, principalmente para as pessoas que já tem predisposição a eles, como os portadores de doenças crônicas do tipo asma e bronquite.
Há alguns fenômenos naturais que agravam a concentração de poluentes na atmosfera, tais como a inversão térmica, os baixos índices pluviométricos, além da disposição do relevo, que pode dificultar a circulação atmosférica.

A inversão térmica

Trata-se de um fenômeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta. Quando a temperatura próxima ao solo cai abaixo de 4 grau, o ar frio, impossibilitado de elevar-se, fica retido em baixas altitudes. Camadas mais elevadas da atmosfera são ocupados com ar relativamente mais quente, que não consegue descer. Ocorre, assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local, caracterizada por uma inversão das camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima, fenômeno definido como inversão térmica. Um ambiente muito favorável para a ocorrência da inversão térmica é justamente as grandes cidades. Pelo fato de se apresentarem grande área construída, portanto desmatada e impermeabilizada, as grandes cidades absorvem grande quantidade de calor durante o dia. A noite, no entanto, perdem calor rapidamente. Com a concentração do ar frio nas camadas mais baixas da atmosfera, o que impede sua dispersão, ocorre também a concentração de toneladas de poluentes emitidos por várias fontes, o que agrava sobremaneira o problema ambiental da poluição em baixos extratos da atmosfera, constituindo um sério problema ambiental apenas em centros urbano-industriais.

A ilha de calor

A “ilha de calor” é um fenômeno típico de grandes aglomerações urbanas. Resultado da elevação das temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, em comparação com as zonas periféricas ou com as rurais.
 A substituição da vegetação por grande quantidade de casas e prédios, ruas e avenidas, pontes e viadutos e uma serie de outras construções, que é tanto maior quanto mais se aproxima do centro das grandes cidades, faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a atmosfera. Além disso, na atmosfera das zonas centrais da cidade, é muito maior a concentração de gases e materiais particulados, lançados pelos automóveis e fábricas, responsáveis por um efeito estufa localizado, que colabora para aumentar a retenção de calor.
 A elevação da temperatura nas áreas centrais da mancha urbana facilita a ascensão do ar, quando não há inversão térmica, formando uma zona de baixa pressão. Isso faz com que os ventos soprem, pelo menos durante o dia, para essa região central, levando, muitas vezes, maiores quantidades de poluentes. Assim, sobre a zona central da mancha urbana forma-se uma “cúpula” de ar pesadamente poluído.

O efeito estufa

Efeito estufa se trata de um fenômeno natural e fundamental para a vida na terra. Consiste também na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, pelas partículas de gases e de água em suspensão na atmosfera, garante a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e, portanto, a sobrevivência das várias espécies vegetais e animais.
O efeito estufa resulta, de um desequilíbrio na composição atmosférica, provocado pela crescente elevação da concentração de certos gases que tem capacidade de absorver calor, como é do caso do metano, dos clorofluorocarbonos, mas principalmente do dióxido de carbono. Essa elevação dos níveis de dióxidos de florestas, desde a Revolução Industrial.
Assim, segundo recentes pesquisas, admite-se que uma duplicação de concentração de dióxido de carbono na atmosfera pode provocar uma elevação média de 3 grau na temperatura terrestre, o que poderia elevar em uns 20 centímetros, em média, o nível dos oceanos.
 Esse fenômeno é chamado de efeito estufa porque, nos países temperados, é comum a utilização de estufas durante o inverno para abrigar determinadas plantas. A estufa feita de vidro ou plástica transparente tem a capacidade de reter calor, mantendo a temperatura interna mais elevada que a temperatura ambiente.

Destruição da camada de ozônio

Outro problema ambiental de caráter global que vem assustando muitas pessoas é a gradativa destruição da camada de ozônio existente na estratosfera.
Ele tem um papel fundamental na regulação da vida na terra, ao filtrar a maior parte dos perigosos raios ultravioletas emitidos pelo sol. Sabe-se que esses raios podem causar no homem, entre outros problemas, câncer de pele e perturbações da visão.
Em 1979, pela primeira vez, verificou-se que a concentração de ozônio estava se tornando rarefeita sobre a Antártida.
 Já são bastantes conhecidos os grandes vilões da destruição de ozônio, os gases CFCs usados como fluidos de refrigeração, como solventes, nas embalagens de aerossóis e nas espumas plásticas. Além dos CFCs, outros produtos químicos também foram responsabilizados: compostos bromados, tetracloreto de carbono e clorofórmio de metila.
 O buraco na camada de ozônio é maior sobre o pólo sul, porque as baixíssimas temperaturas registradas na Antártida ao formarem nuvens estratosféricas de gelo, favorecem a transformação dos clorofluorocarbonos estáveis em cloro ativo, que catalisa a reação de destruição de parte do ozônio, diminuindo sua concentração.

As chuvas Ácidas

É importante ressaltar que as chuvas, mesmo em ambiente não poluído, são sempre ácidas. A combinação de gás carbônica presente na atmosfera produz ácida carbônica que embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. Assim, as chuvas ácidas que causam graves problemas, são resultantes da elevação exagerada dos níveis de acidez da atmosfera, em conseqüência do lançamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas.
Os principais responsáveis por esse fenômeno são os trióxidos de enxofre que é a combinação do dióxido de enxofre emitido a partir da queima de combustíveis fósseis, e do oxigênio, já presente na atmosfera e o dióxido de nitrogênio.
A concentração de trióxidos de enxofre aumentou na atmosfera como resultado da ampliação do uso de combustíveis fósseis nos transportes, nas termelétricas e nas indústrias. Cerca de 90% desse gás é eliminado pela queima do carvão e do petróleo. Já pelo menos 70%, aproximadamente, do dióxido de nitrogênio é emitido pelos veículos automotores.
Os países que mais colaboram para a emissão desses gases são os industrializados do hemisfério norte. Por isso, as chuvas ácidas ocorrem com mais intensidade nesses países.
O trióxidos de enxofre e o dióxido de nitrogênio lançado na atmosfera, ao se combinarem com água em suspensão, transformam-se em ácidos sulfúricos, ácidos nítrico e nitrosos. São muitos mais fortes do que o ácido carbônico, presente nas chuvas normais, e resultam da emissão de poluentes, sendo, portanto, anormais na atmosfera. Assim, em ambiente poluído, a acidez é agravada pela presença do trióxidos de enxofre e do dióxido de nitrogênio.
Alem de causar corrosão de metais, de pinturas e de monumentos históricos, as chuvas ácidas provocam impactos, muitas vezes, a centenas de quilômetros das fontes poluidoras.
 Outro impacto causado pelas chuvas ácidas, que é tanto mais grave quanto mais próxima das fontes poluidoras, é a destruição da cobertura vegetal.
No Brasil, esse fenômeno ocorre de forma significativa na região metropolitana da São Paulo e no Rio Grande so Sul. O caso mais grave, porém, ocorre em Cubatão, município litorâneo do estado de São Paulo. Em alguns pontos da encosta da serra do mar, nas proximidades das principais fontes poluidoras, os substratos da floresta, a vegetação de pequeno porte, simplesmente desaparecem.
 Nos últimos anos, a gradativa diminuição da emissão de poluentes pelas industrias de Cubatão está permitindo a lenta reconstituição da Mata Atlântica nas encostas da serra do Mar, nas proximidades do Pólo petroquímico e siderúrgico.

Subdesenvolvimento

01. (Uff) A respeito das relações entre o movimento de entrada e saída de capitais nos "países em desenvolvimento" e a estrutura econômica desses países, entre 1991 e 2000, assegura-se que:

a) O movimento de entrada e saída de capitais nos países em desenvolvimento demonstra o caráter especulativo do dinheiro globalizado que pouco alterou as estruturas econômicas desses países.
b) A fuga de capitais registrada no final da década de 90 decorreu das restrições à livre circulação do capital financeiro estabelecidas pelos países em desenvolvimento.
c) O crescimento econômico dos países em desenvolvimento aumentou sua participação no Mercado Financeiro Internacional, fato evidenciado pela saída de capitais observada no final da década de 90.
d) O intenso movimento de capitais nos países em desenvolvimento sustentou as políticas de fortalecimento das empresas nacionais e proporcionou novos meios de pagamento de suas dívidas externas.
e) O movimento de entrada de capitais nos países em desenvolvimento foi influenciado, especialmente, pelo processo de abertura do mercado e pela privatização de empresas estatais.

02. (Ufpi) Com relação a algumas características sócio-econômicas dos países subdesenvolvidos, assinale a alternativa correta.

a) Forte influência de empresas multinacionais que controlam grande parte da economia, além de considerável dívida para com bancos estrangeiros.
b) Nível científico e tecnológico elevado, com altas taxas de escolaridade proporcionando um grande crescimento industrial.
c) Elevado nível de vida da população, com boas condições de alimentação e habitação, além de elevada eficiência na prestação de serviços.
d) Agricultura intensiva com elevados índices de produtividade resultantes do emprego de tecnologia avançada.
e) A população apresenta no seu conjunto elevado nível de vida com baixas taxas de mortalidade infantil e de expectativa de vida.



GABARITO
01. E         02. A

AS CIDADES E A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

AS CIDADES E A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA


O QUE CONSIDERAMOS CIDADE?
Na maioria dos países, sejam subdesenvolvidos ou não, a classificação de uma aglomeração humana como cidade leva em consideração algumas variáveis básicas:
·         Densidade demográfica;
·         Número de Habitantes;
·         Localização e presença de Equipamentos Urbanos;
·         Serviços de comunicação,educação e saúde.
·         Segundo o IBGE, a população urbana é a considerada residente no interior do perímetro urbano e, por exclusão, a rural é a residente fora deste perímetro. Isso implica na ampliação do perímetro urbano e a arrecadação crescente do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) em detrimento do ITR (Imposto Territorial Rural), de menor valor.
                                           
POPULAÇÃO URBANA, RURAL E AGRÍCOLA
o    Embora possam ocorrer distorções resultantes dos métodos empregados na análise censitária, é inegável que, nas últimas décadas, o Brasil vem passando por um intenso processo de urbanização.
2.      A REDE URBANA BRASILEIRA – PROCESSO DE URBANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO
o    Até 1930 – Migrações e o processo de urbanização organizados em escala regional, onde as metrópoles atuavam como pólos de atividades secundárias e terciárias. Integração econômica entre São Paulo (cafeicultora), Zona da Mata nordestina (canavieira e cacaueira), Meio-Norte (algodoeira e pecuária) e região Sul (pecuária e policultora);
o    Após 1930 – A unificação do mercado se deu pela expansão nacional da infra-estrutura de transporte e telecomunicações, porém a tendência de concentração de atividades urbano industriais no Sudeste fez com que o atrativo populacional extrapolasse a escala regional e se estabelecesse como nacional.
o    Entre 1950 e 1980 – Intenso êxodo rural e migração inter-regional, com forte aumento populacional metropolitano no Sudeste, Nordeste e Sul. Nesse período ,o aspecto mai marcante foi a concentração populacional progressiva e acentuada em cidades que cresciam velozmente
o    De 1980 aos dias atuais – Desmetropolização e migração urbana-urbana (população de cidades pequenas para cidades médias e metrópoles nacionais para cidades médias)
3.      Concentração Urbana Nacional – 2001 . Atlas Escolar 2003, IBGE
4.      RESULTADO DA MUDANÇA DE DIREÇÃO DE FLUXOS MIGRATÓRIOS E ESTRUTURAÇÃO DA REDE URBANA
o    Contínua reestruturação e integração entre os espaços rural e urbano que, por sua vez, resulta da dispersão espacial intensa das atividades econômicas a partir dos anos 1980.
o    Formação de novos centro regionais, alterando o padrão hegemônico metropolitano na rede urbana nacional.
o    Embora haja uma alteração na dinâmica metropolitana no Brasil, com o advento da globalização há um reforço do papel de comando de cidades globais na rede urbana mundial (como é o caso de São Paulo , por exemplo).
Fonte: São Paulo hoje - Revista Eletrônica de Ciências (Centro de Divulgação Científica e Cultural – USP)

5.      AS METRÓPOLES BRASILEIRAS
o    As regiões metropolitanas brasileiras foram criadas por lei aprovada no Congresso Nacional em 1973, que as definiu como um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade central , com serviços públicos e infra-estrutura comum , que deveriam ser reconhecidos pelo IBGE.
o    Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
o    (Artigo 25, parágrafo 3º da Constituinte de 1988)

PLANO DIRETOR E O ESTATUTO DA CIDADE
Estatuto da Cidade
o    Estatuto da Cidade é a denominação oficial e consagrada da lei 10.257 de 10 de julho de 2001, que regulamenta o capítulo "Política Urbana" da Constituição Brasileira, sendo dividido em cinco capítulos:
o    Diretrizes Gerais (capítulo I, artigos 1º a 3º);
o    Dos Instrumentos da Política Urbana (capítulo II, artigos 4º a 38);
o    Do Plano Diretor (capítulo III, artigos 39 a 42);
o    Da Gestão Democrática da Cidade (capítulo IV, artigos 43 a 45); e
o    Disposições Gerais (capítulo V, artigos 46 a 58).

O Estatuto atribuiu aos municípios a implementação de planos diretores participativos, definindo uma série de instrumentos urbanísticos contidos no combate à especulação imobiliária e na regularização fundiária dos imóveis urbanos e de seus principais objetivos.
PDDU- Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
O QUE É UM PLANO DIRETOR?
É um conjunto de leis que estabelece as diretrizes para o desenvolvimento socioeconômico e a preservação ambiental dos municípios regulamentando o uso e a ocupação do território municipal.
PARA QUE SERVE UM PLANO DIRETOR?
O Plano diretor organiza o crescimento e o funcionamento da cidade. No Plano Diretor está o projeto da cidade. Ele diz qual é o destino de cada parte da cidade. Sem esquecer, claro, que essas partes formam um todo. O Plano diretor vale para todo o município, ou seja, para as áreas urbanas e também rurais. O Plano Diretor é uma lei municipal criada com a participação de toda a sociedade. Deve contar com a participação popular em todas as etapas. Ele deve ser aprovado na Câmara Municipal . De instrumento técnico, passa a ser um instrumento político. Plano Diretor é um instrumento de governo, de caráter político e que deve ser processual e permanentemente pactuado, capaz de compatibilizar, no interesse coletivo, os instrumentos públicos e privados e distribuir com justiça os benefícios e os ônus do processo de urbanização. Não há receita ou fórmula para elaboração do plano diretor, a complexidade varia de acordo com o porte, dinâmica econômica e demográfica e capacidade institucional de planejar e implementar.
Segundo a Constituição, o Plano Diretor é obrigatório para cidades que apresentam uma ou mais das seguintes características:
o    Abriga mais de 20 mil habitantes;
o    Integra regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
o    Integra áreas de especial interesse turístico;
o    Insere-se na área de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.
o    Como o caráter é complexo e dinâmico, o planejamento municipal envolve profissionais de várias áreas (geógrafos, engenheiros, advogados, economistas, etc.) De acordo com resolução do Ministério das Cidades, a presença da comunidade neste planejamento não é uma concessão, e sim um direito.
Importante: É recomendável que todos os municípios tenham um Plano Diretor, mesmo aqueles que não se encaixem em nenhuma dessas categorias. A importância da realização de um Plano Diretor e dos processos de planejamento valem para municípios de todos os tamanhos. Municípios que quiserem aplicar instrumentos contidos no Estatuto da Cidade, devem obrigatoriamente ter um Plano Diretor.

Exercícios de Industrialização Brasileira

01. (UNOPAR) As cidades de Volta Redonda (RJ) e Camaçari (BA) destacam-se, respectivamente, na concentração de indústrias:
                               
a) siderúrgicas e alimentícias.
b) alimentícias e petroquímicas.
c) eletroeletrônicas e de calçados.
d) siderúrgicas e petroquímicas.
e) eletroeletrônicas e têxteis.
                               
                               
02. (UNIFOR) Ao processo contemporâneo de produção de bens industriais, simultaneamente em vários países, através da padronização de modelos tecnológicos e de consumo, suplantando as fronteiras nacionais pela escala mundial, dá-se o nome de:
                          
a)  internacionalizaçãodo capital.
b) globalização.
c) terceirização.
d) monopólio transnacional.
e) neoliberalismo.


03. (UEMA) São indústrias de ponta na terceira Revolução Industrial:

a) metalúrgica – construção civil – naval.
b) petroquímica – automobilística – siderúrgica.
c) elétrica – eletrônica – têxtil.
d) informática – microeletrônica – biotecnológica.
e) alimentícia – de bebidas finas – de cosméticos.


04. (UESPI) A respeito da indústria moderna, é correto afirmar:

a) com as inovações tecnológicas atuais, eliminou-se a divisão técnica do trabalho.
b) seus trabalhadores, chamados de artesãos, possuem uma clara idéia de como ocorre todo o processo de produção, trocando freqüentemente de função dentro da empresa.
c) não mais se baseia no assalariamento, mas no regime de parceria.
d) tende a absorver maior capacidade técnica e científica, deslocando tarefas para a terceirização.
e) não se preocupa com a produtividade, passando a intensificar a competitividade.


05. (ESCCAI) “No mundo capitalista a preocupação primordial é obtenção de lucros cada vez maiores. É dessa busca incessante de lucros máximos que resultam as estratégias de localização geográfica das empresas industriais, que em inúmeros fatores têm de ser considerados isoladamente e em conjunto.”

A partir do texto acima conclui-se que os fatores mais importantes são, exceto:

a) Mercado consumidor.
b) Energia.
c) Matéria-prima.
d) Legislação ambiental.
e) Mão-de-obra.


06.  (UFF) O interesse dos governos estaduais em instalar indústrias em suas áreas por meio de incentivos fiscais levou-os a travar uma "guerra fiscal". Um dos Estados que há pouco se valeu desse recurso foi o Rio de Janeiro. Assinale a opção que indica corretamente a região do Estado do Rio de Janeiro que mereceu, recentemente, destaque no noticiário dos jornais pela instalação de grande indústria atraída por essa política da "guerra fiscal":

a) Turística da costa sul.
b) Campos, no norte fluminense.
c) Serrana norte.
d) Vale médio d rio Paraíba do Sul.
e) Suburbana do Grande Rio.


07. (UNIFOR) Os novos investimentos em regiões mais distantes do eixo Rio-São Paulo estão permitindo a algumas cidades nordestinas, um crescimento industrial maior do que alguns pólos econômicos do Centro-Sul. Essa expansão se deve, basicamente:

a) ao esgotamento do mercado consumidor no eixo Rio-São Paulo;
b) à resposta dos problemas sociais que até a década de 80 impediram a entrada de capital;
c) ao aquecimento recente da indústria do turismo, exigindo maior tecnologia para a Região;
d) à estabilidade da moeda que permitiu operar o significativo parque industrial nordestino;
e) ao crescimento do mercado consumidor nordestino associado às vantagens fiscais e ao baixo custo da mão-de-obra.


08. (UNIMEP) Em relação à privatização da Vale do Rio Doce, existiu argumentos pró e argumentos contra. Para os defensores da desestatização:

I. A Vale não tinha importância estratégica para o desenvolvimento econômico-social do país.
II. O Estado deveria deixar a função de empresário.
III. O financiamento da Vale seria um mau negócio para o Estado.
IV. Privatizar a Vale não seria privatizar o solo brasileiro.
V. A própria empresa, livre de burocracia, poderia produzir mais, pagar mais impostos e gerar mais empregos.

Da relação anterior, são, particularmente, eram argumentos neoliberais:

a) I e IV
b) II e IV
c) III e IV
d) V e IV
e) Todas


09. (UNIMEP) A crise econômica por que passou o Brasil na década de 80 - a "década perdida", como ficou conhecida - pôs fim ao período de extraordinário crescimento econômico ocorrido nas três décadas anteriores. Da década de 50 até a de 70,  impulsionado por um processo de industrialização da sociedade, o Brasil apresentou bom desenvolvimento econômico tanto em nível regional quanto mundial. Nesse período, os ingredientes básicos do grande crescimento econômico industrial do país foram:

a) a forte participação de capital estatal e estrangeiro na economia;
b) o fácil endividamento externo;
c) a abundância de mão-de-obra;
d) a grande disponibilidade de recursos naturais;
e) a crescente presença estrangeira na indústria de bens não-duráveis.


10. (UNIFENAS) A organização do espaço geográfico brasileiro após a industrialização sofreu mudanças profundas. Seria errado afirmar:

a) grande concentração de atividades e decisões no Sudeste, tendo São Paulo como centro polarizador;

b) orientação da economia nacional com aplicação do modelo econômico centro-periferia;

c) maior integração do espaço brasileiro com desenvolvimento da rede de transporte e comunicações interligando o Sudeste ao resto do país;

d) maior interdependência entre as regiões com a divisão inter-regional do trabalho;

e) produção industrial se desenvolve em função das exportações, devido à inexistência de mercado interno.



Resolução:
01. D
02. B
03. D
04. D
05. D
06. D
07. E
08. E
09. E
10. E

Exercícios de Fontes Energéticas

01. As jazidas brasileiras de carvão mineral localizam-se em terrenos, datando geologicamente:
                               
a) do proterozóico
b) do triássico
c) do plioceno
d) do cambriano
e) do permocarbonífero
                              
02. (CEFET-PR) dentre as citadas assinale a alternativa que contenha apenas as fontes de energia renováveis mais utilizadas no Brasil:
                               
a) Solar, hidrelétrica e eólica.
b) Hidráulica, lenha e biomassa.
c) Hidráulica, xisto e solar.
d) Petróleo, solar e lenha.
e) Álcool, eólica e solar.

03. (PUC) A Usina de Itaipu é um empreendimento conjunto:

a) Brasil – Paraguai;
b) Brasil – Argentina;
c) Brasil – Paraguai – Argentina;
d) Argentina – Paraguai;
e) Brasil – Uruguai.

04. (PUC) A área carbonífera de Santa Catarina compreende os municípios de:

a) Brusque, Jaraguá do Sul e Lages;
b) Campos Novos, Chapecó e Aranguá;
c) Joinville, Blumenau e Rio do Texto;
d) Criciúma, Lauro Müller e Urussanga;
e) Itajaí, Florianópolis e Laguna.

 05. A bacia sedimentar do Brasil, que responde pela maior produção de petróleo é:

a) Bacia de Carmópolis.
b) Bacia de Tabuleiro do Martins.
c) Bacia do Meio-Norte.
d) Bacia do Recôncavo Baiano.
e) Bacia de Campos.

 06. (FGV) Sobre o consumo de energia no Brasil é correto afirmar que:

a) a Região Sudeste não consegue consumir toda a energia que produz;
b) o setor residencial e de comércio representam 80% do consumo total de energia;
c) mais da metade da energia consumida no país provém de fontes renováveis, como a hidráulica e a biomassa;
d) nesta década, devido às sucessivas crises econômicas, não tem havido aumento do consumo de energia;
e) o petróleo e o carvão mineral representam mais de 70% de energia produzida para consumo no país.

07. (TAUBATÉ) Usina brasileira que se revelou um verdadeiro fracasso em todos os aspectos: técnico, financeiro, social e ecológico. Inundou 2.360 metros quadrados de floresta, sem qualquer aproveitamento, e vai gerar uma energia muito cara em relação ao investimento, sem atender à demanda da região:

a) Tucuruí
b) Balbina
c) Xingó
d) Orocó
e) Paratinga

 08. A energia elétrica, no Brasil, contribui de maneira significativa para atender às necessidades do país em fontes de energia. O setor que mais utiliza ou consome energia elétrica no Brasil é:

a) a indústria
b) os domicílios
c) o comércio
d) a iluminação pública
e) os transportes

 09. O levantamento do potencial hidráulico das principais bacias hidrográficas brasileiras demonstra a grande supremacia dos rios da bacia:

a) Amazônica
b) do São Francisco
c) do Paraná
d) do Tocantins-Araguaia
e) do Leste

10. (OSEC) O conjunto hidroelétrico de Urubupungá, situado na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul, é constituído pelas usinas:

a) Furnas e Mascarenhas de Morais
b) Volta Grande e Estreito
c) Três Marias e Furnas
d) Jupiá e Ilha Solteira
e) Presidente Bernardes e Manguinhos

11. Considere as seguintes assertivas:
I. Os aspectos negativos do uso da energia nuclear refere-se ao mínimo impacto ambiental que causa.
II. Durante muitas décadas a energia nuclear foi consagrada como a "energia limpa e do futuro".
III. Os aspectos positivos da energia nuclear são a contaminação por vazamento, a incidência de acidentes e o que se fazer com o lixo atômico.
IV. A geração de eletricidade por meio atômico só é praticada num estado da federação, o Rio de Janeiro. v
Marque a opção:
 a) Se apenas uma afirmativa esta correta
b) Se apenas duas afirmativas estão corretas
c) Se apenas três afirmativas estão corretos
d) Se nenhuma afirmativa está correta.
e) Se todas as afirmativas estão corretas            

Gabarito:
01. E
02. B
03. A
04. D
05. E
06. C
07. B
08. A
09. A
10. A

11. B