Aula de Campo - Parque Estadual da Pedra Branca


O processo de criação desta Unidade foi iniciado em abril de 1963, pelo Decreto nº 1.634, que declarou sua área de utilidade pública para fins de desapropriação. Somente em 1974, contudo, após longa fase de estudos, o Parque Estadual da Pedra Branca foi criado, por meio da Lei Estadual nº 2.377, de 28 de junho de 1974, cujos limites englobam, inclusive, as diversas Florestas Protetoras da União, ali existentes.

O Parque Estadual da Pedra Branca está localizado no centro geográfico do município do Rio de Janeiro, compreendendo todas as encostas do Maciço da Pedra Branca localizadas acima da cota de nível de 100 metros. Estende-se por 12.500 hectares (125 quilômetros quadrados), que se limitam com vários bairros da Zona Oeste e da Baixada de Jacarepaguá. No Parque está situada o ponto culminante do município do Rio de Janeiro — o Pico da Pedra Branca, com 1.024 metros de altitude.

No local, foram criados o centro de visitantes, os núcleos de prevenção de incêndios florestais e de educação ambiental e pesquisa, a sede administrativa, um anfiteatro ao ar livre, áreas de lazer, sinalização direcional e uma trilha interpretada.


Professora Laisa Cabral e os alunos do segundo ano do ensino médio- Colégio Souza Marques- 2011

O Parque se tornou o endereço ideal para uma divertida aula de ecologia. No centro de exposições, os visitantes – inclusive professores e estudantes das escolas cariocas – encontram informações sobre o Maciço da Pedra Branca.
Instrutor- bombeiro






Na Trilha Rio Grande, é possível caminhar em plena floresta. É um gostoso passeio em meio às árvores e com direito a aprender sobre a importância das matas ciliares, pois a trilha ganhou sinalização que destaca a função das florestas que acompanham o leito dos rios. O Parque oferece outras trilhas, com vários níveis de dificuldade, para os que apreciam caminhadas.





Tal como no Maciço da Tijuca, a história de proteção das florestas do Maciço da Pedra Branca sempre esteve associada à preservação do potencial hídrico, pois a devastação que ocorreu no Estado para dar lugar às diversas culturas também ocorreu na região do Parque. O esgotamento de tais recursos impulsionou a primeira iniciativa de proteção em 1908, quando o governo federal adquiriu as áreas dos mananciais do Rio Grande e do Rio Camorim visando o aprimoramento dos sistemas de captação e distribuição de água potável, que havia sido represada desde o século XIX para o abastecimento das populações vizinhas. Na primeira metade do século XX, com o crescimento populacional no entorno, as garantias já se mostravam insuficientes. Nessa época, o governo federal instituiu as Florestas Protetoras da União de Camorim, Rio Grande, Caboclos, Batalha, Guaratiba, Quininha, Engenho Novo de Guaratiba, Colônia, Piraquara e Curicica com o objetivo de proteger aqueles recursos vitais.





Nas áreas florestais remanescentes, encontram-se espécies raras, endêmicas ou ameaçadas de extinção. Entremeiam-se espécies introduzidas pelo homem, como por exemplo cafeeiro, jaqueira e mangueira, que testemunham o passado de ocupação e exploração econômica da região, com várias espécies de madeiras de lei, muitas raras e ameaçadas, tais como jequitibás, tapinhoã, a endêmica noz-moscada-silvestre, somente encontrada no município do Rio, e vinháticos. Nas proximidades da Represa do Camorim, no Pau-da-Fome, e na localidade de Monte Alegre, encontram-se comumente diversas espécies de figueiras (Ficus enormis, Ficus insipida, Ficus organensis e Ficus gomelleira), juçara ou palmito-doce, pau-d’alho e andá-açu.

De acordo com vários estudos científicos em andamento, pode-se constatar a riqueza da fauna local, com registro de muitas espécies raras e ameaçadas que têm atraído cada vez mais visitantes. Entre os mamíferos, destacam-se macaco-prego, o quase extinto porco-do-mato, preguiça, considerada ameaçada no município do Rio de Janeiro, furão, ouriço-cacheiro, cachorro-do-mato, tamanduá-de-colete, paca, mão-pelada, cutia, gato-do-mato e gato-maracajá, ambos ameaçados, dentre outros. Existem ainda várias espécies de morcegos (Artibeus spp., Desmodus sp. e Myotis sp.).
A avifauna é rica e os pesquisadores já identificaram mais de 180 espécies importantes. Entre aquelas ameaçadas de extinção, destacam-se tucano-do-bico-preto, araçari, gavião-pomba, gavião-pega-macaco, papagainho e jacupemba.
Quanto aos répteis, podem ser observadas serpentes como cobra-de-vidro, jararacas, cobra-verde e jibóia, além de outros répteis como teiú e lagarto-verde. Muitas espécies de insetos foram identificadas, especialmente borboleta-azul, ninfalídea (Parides spp., Papilio spp. e Caligo spp.), besouros serra-pau e baratas-da-mata.


Endereço:Núcleo Pau-da-Fome: Estrada do Pau-da-Fome, nº 4003, Jacarepaguá, Rio de Janeiro - RJ
CEP: 22723-490
Tel:             (21) 2446-4557 begin_of_the_skype_highlighting            (21) 2446-4557      end_of_the_skype_highlighting      

Núcleo Camorim: Estrada do Camorim, 2118 - Camorim
CEP: 22.780-070
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Subsede Piraquara: Rua do Governo s/nº - Realengo
T el:             (21) 2333-5251 begin_of_the_skype_highlighting            (21) 2333-5251      end_of_the_skype_highlighting